Artista: Buckethead
Álbum: Electric Sea
Data de lançamento: 21 Fevereiro 2012
Género: Rock experimental, Rock instrumental,
Acústico, Ambiente, Avant-Garde
Editora: Metastation
Lista de faixas:
1 –
“Electric Sea”
2
– “Beyond the Knowing”
3
– “Swomee Swan”
4
– “Point Doom”
5
– “El Indio”
6
– “La Wally”
7
– “La Gavotte”
8
– “Bachethead”
9
– “Yokohama”
10
– “Gateless Gate”
11
– “The Homing Beacon”
Presença assídua neste blog pela sua assiduidade
também no que diz respeito a lançamentos de discos. Todos os anos temos mais
que um disco de Buckethead para desfrutar, para assim que acabarmos de fazer a
digestão de um bom álbum do guitarrista, termos de imediato um novo para
saciarmos a fome que nunca chega a ter muito tempo para se desenvolver. E ainda
o melhor é que é um dos artistas que mais e melhor se consegue reinventar com
tantos géneros diferentes que ele consegue abordar e a facilidade com que ele
parece efectuá-lo. Ora temos discos ambientais, como obras Funk, ou riffs de
Metal bem pesadinhos ou um Rock instrumental na sua pureza. Desde que dê para o
bizarro intérprete experimentar como lhe dê na real gana, tem sempre muito que
fazer e fá-lo bem.
Em “Electric Sea”, o talentoso músico volta a
seguir caminhos mais calmos ao procurar melodias mais suaves e ao dar-nos da
boa música ambiente, daquela que dá para ouvir de olhos fechados. Foi o que ele
escolheu abordar ao longo do ano de 2010, por exemplo, em “Shadows Between the
Sky” que mantém-se como um dos meus predilectos álbuns para usar como
ferramenta de relaxamento, daqueles que nos embalam para uma pacífica noite de
bom sono – principalmente aquela faixa-título.
Era mais ou menos esse álbum que eu tinha em mente
para criar a expectativa para ouvir este “Electric Sea”, quando soube que era
um som quase do género – quase, porque este senhor não faz coisas iguais ou
parecidas. Que agradável surpresa que tive, quando ainda superou a expectativa.
Aquelas melodias suaves daquela guitarra tão bem tratada cujo choro certamente
não é de dor, já pronto a embalar-me e a levar-me para outro sítio. E isso que
era em plena tarde, num inusual dia quente de Inverno, com o Sol a entrar-me
pelo quarto dentro e estando eu bem desperto. Mas já me estava a acolher para
outra “mood” completamente diferente.
Não me recostei a tirar uma sesta relaxado por
esta maravilha, porque queria tomar atenção ao que ouvia antes dessa
experiência e realmente nem com mais atenção dá para se encontrar por aqui
defeitos. Logo que entra a primeira faixa já fico seduzido pela mágica guitarra
de um tipo tão esquisito mas que faz obras tão bonitas e assim se manteria.
Nada deteriorativo a apontar, mas para destacar há sempre a faixa “El Indio”
que ainda foi a que mais fascínio me solicitou.
Para além das suas novas composições, completa-se
a lista com “Beyond the Knowing”, uma regravação do antigo tema “What Kind of
Nation”, gravado em cooperação com o actor Viggo Mortensen em 2005; abordagens
inteligentes e bem conseguidas de temas clássicos como “La Wally”, composto por
Alfredo Catalani em 1892 e “La Gavotte” e “Bachethead” compostos por Johann Sebastian
Bach; e acrescentando ao fim “The Homing Beacon”, uma das canções de tributo a
Michael Jackson – por estranho que possa parecer, um grande ídolo de Buckethead
– que lançou anteriormente à solta, sem integrar nenhum disco. Tudo bem
organizado para constituir uma perfeita obra ambiental – mesmo faixas como “Yokohama”
ou “Gateless Gate” que parecem estar aqui mais para encher conseguem a sua dose
de maravilha.
No final, finalmente aterramos suavemente após uma
interessante viagem mental que é a única coisa que me ocorre para descrever
alguns dos melhores discos deste estranho indivíduo. Nem soa a algo para ser
muito lembrado no futuro a não ser que já sejam dedicados fãs do músico, e por
vezes até são temas que talvez não passem de mais do que música de fundo para
uma apresentação de powerpoint ou para dar ambiente no site pessoal. E mesmo
para isso é formidável. Ainda não me desprendo de “Shadows Between the Sky”,
mas noto aqui em “Electric Sea” um dos melhores discos de Buckethead
ultimamente. E sim, “ultimamente” já envolve muitos álbuns…
Avaliação: 8,4
Será que ninguem percebe que BUCKETHEAD é um gênio? Quem cria músicas melhor do que ele atualmente? Santa criatividade.Comparável só aos grandes mestres da música clássica.Desde que o conheci ,no começo de 2011, não escuto outro artista. Não tem como.Eu sabia que um dia isso aconteceria:encontrar um artista perfeito. Penso que as músicas dele foram feitas só para mim. Porque elas me preenchem.Adoro som de guitarras. Mas ele tem a medida certa para usá-las.Meus amigos, até os que não curtem guitarras, quando eu coloco no carro as músicas dele, dizem:o que é isso? que som é esse? quem é esse cara? E eu não consigo falar, porque choro, de tamanha alegria. BUCKETHEAD, eu não sei o que seria de mim sem suas músicas.Respeito John Lennon, ele foi genial.Mas faltava outro músico genial. E encontrei. És o deus da guitarra. Não há melhor. TE AMO.
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