Artista: Gorillaz
Álbum: The Fall
Data de lançamento: 25 Dezembro 2010 (digital), 18
Abril 2011 (CD)
Género: Electrónica, Hip Hop alternativo, Música
experimental
Editora: Parlophone
Lista de faixas:
1 –
“Phoner to Arizona”
2
– “Revolving Doors”
3
– “Hillbilly Man”
4
– “Detroit”
5
– “Shy-Town”
6
– “Little Pink Plastic Bags”
7
– “The Joplin Spider”
8
– “The Parish of Space Dust”
9
– “The Snake in Dallas”
10
– “Amarillo”
11
– “The Speak It Mountains”
12
– “Aspen Forest”
13
– “Bobby in Phoenix”
14
– “California & the Slipping of the Sun”
15
– “Seattle Yodel”
Mais electrónico. Mais experimental. Menos
convidados. Mais “extra”. O quarto disco do projecto Gorillaz difere tanto dos
anteriores que se fica naquela se deverá contar como um disco regular ou como
um aparte. A começar pelo facto de o disco ter sido lançado gratuitamente para
download para membros do clube de fãs – que o grupo por si é que já devia requerer
pagamento, penso eu – no Natal e apenas ter visto o seu lançamento físico na
Primavera deste ano. Álbuns “oferecidos” têm sempre alguma tendência a ficar de
lado como um projecto paralelo, um presentinho, o próximo é mais a sério. Mas
sendo um disco plenamente sério e contínuo em relação ao anterior – porque pode-se
dizer de facto que seja o quarto álbum de estúdio da banda animada, mesmo que
não tenha tido tanta promoção nem notoriedade – é diferente em tudo. Num
projecto onde normalmente constam os convidados como um principal factor
identificativo, aqui apenas há breves passagens de gente de fora, com apenas 3
músicos a dar os seus toques e na voz, apenas um. Mick Jones e Paul Simonon dos
The Clash, amigos de Damon Albarn o homem que lidera este projecto, dão as suas
contribuições instrumentais em “Hillbilly Man” na guitarra e “Aspen Forest” no
baixo, respectivamente – Simonon já trabalhara com Albarn no projecto The Good,
The Bad and The Queen. A única voz convidada aqui é a do vocalista de Soul
Bobby Womack cuja voz também já é conhecida para os fãs de Gorillaz pelo seu
trabalho em “Stylo” presente no disco anterior “Plastic Beach”. Mas também não
é por isso que temos um álbum mais recheado com canções onde reina a voz de
Damon Albarn, ou se preferirem do personagem 2D. O que mais não falta por aqui
são faixas instrumentais onde o que mais se salienta são os experimentalismos
electrónicos e as batidas que nunca nos soariam familiares nos Gorillaz de “Clint
Eastwood” ou “Feel Good Inc.”, mas actualmente já nos acostumamos a Gorillaz
como um projecto sem rótulo onde se experimenta mais do que se repete. De toda
a gloriosa carreira de Damon Albarn é possível que seja um dos seus discos que
passem mais despercebidos, mas o seu valor está lá e nesta aposta electrónica
está mais um trabalho consistente no que toca a ideias saídas do cérebro de Sr.
Albarn. E ainda o mais interessante: o disco, todo ele foi gravado no seu iPad.
Agora não pensem que se podem dar ao luxo de gravar discos num iPad à espera
que o resultado seja minimamente parecido a este “The Fall”, porque nem todos
os portadores de um iPad são propriamente o Damon Albarn… Mas se o disco serve
de presentinho aos fãs, serve perfeitamente.
Avaliação: 7,8
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