Artista:
Painted Black
Álbum:
Cold Comfort
Data de lançamento: 3 Maio 2010
Género:
Death/Doom Metal
Editora:
Ethereal Sound Works
Lista
de faixas:
1 –
“Via Dolorosa”
2
– “Shadowbound”
3
– “The End of Tides”
4
– “Absent Heart”
5
– “Cold Comfort (Release)”
6
– “Winter (Storm)”
7
– “The Rain in June (Out of Season)”
8
– “Inevitability”
Falando de música nacional e nas novas apostas que
há cá para apresentar, não se pode excluir uma banda tão promissora como os
Painted Black. Esta banda oriunda da Covilhã, após os lançamentos de dois
atractivos EP’s e de captarem a atenção do público que rapidamente lhes
reconheceu o talento – por três anos consecutivos que eram votados como a
melhor banda sem contrato pelos leitores da revista LOUD! – eis que lançam em
2010 o seu primeiro disco de originais intitulado “Cold Comfort”. Já nos 2 EP’s
anteriores que se sentia uma maturidade e avanço na escrita e composição dos
temas, como em “AaBbYyZz” – que ainda aponto como um dos temas pessoalmente
favoritos da banda – no primeiro EP “The Neverlight” e a melancólica “Expire”
presente no EP “Verbo”. Já com um talento inegável e já carregando alguma
experiência na bagagem, quando chega à edição do primeiro longa duração, o que
os Painted Black têm a fazer é reforçar aquilo que já mostraram saber fazer,
acrescentar-lhes uns toques ainda mais sérios, polir o som apostando em melhor
produção e acrescentar-lhes o toque pessoal que lhes dá identidade, enquanto
mantém o respeito e referência às suas influências – que se podem sentir como
sendo oriundas de uns Katatonia, uns antigos Anathema, My Dying Bride ou até um
nome de relevo nacional, os Moonspell. “Cold Comfort” apresenta-se como um
poderosíssimo registo de quase uma hora, fornecendo-nos 8 temas que funcionam
tão bem como um todo assim como individualmente, sempre com aquele fio condutor
que nos permite distinguir o que estamos a ouvir e após nos familiarizarmos,
quem estamos a ouvir. Um excelente trabalho de Death/Doom que mantém a sua
sonoridade lenta, melancólica com uma atmosfera negra e triste mas que não tem
medo de acelerar quando necessário, criando não só um balanço, mas também um
excepcional peso que se torna tão agradável para o ouvido fanático do género.
Os riffs são brilhantemente compostos por guitarras que “gritam” e tanto na sua
forma mais lenta como na mais agressiva e acelerada, são o suficiente para
mostrar o quão bem “educados” estão os guitarristas Luís Fazendeiro e Miguel
Matos. Para além disso, também temos direito a umas passagens acústicas que
apenas contribuem ainda mais para aquela atmosfera que tanto se quer e pede num
disco destes. O vocalista Daniel Lucas também desempenha um trabalho digno de
vénia, mostrando a sua flexibilidade vocal, através da facilidade com que
alterna entre a voz limpa, cantando as lentas melodias que tão facilmente nos
seduzem, e a voz gutural a berrar e a grunhir as passagens poderosas que tão
facilmente nos despertam. Não é com dúvidas que aponto que Portugal poderia ser
uma excelente fonte de bandas de Metal, já com uma longa lista de promissores
grupos que ainda nos seus primeiros passos já conseguem dar passos tão longos.
E que o nome Painted Black não venha a ficar de fora das enumerações das boas
bandas do underground metálico Português.
Avaliação: 9,0
Excelentes!! No Sábado (01/10/2011), comemoraram dez anos com um fenomenal concerto no Tortosendo, terra donde é oriunda a banda, e foi um magnífico espectáculo!! Força rapazes! Continuem o bom trabalho!!
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