Artista:
Star One
Álbum:
Victims of the Modern Age
Data de lançamento: 25 Outubro 2010
Género: Metal progressivo, Space Rock
Editora: InsideOut Music
Lista de faixas:
1 –
“Down the Rabbit Hole”
2
– “Digital Rain”
3
– “Earth That Was”
4
– “Victim of the Modern Age”
5
– “Human See, Human Do”
6
– “24 Hours”
7
– “Cassandra Complex”
8
– “It’s Alive, She’s Alive, We’re Alive”
9
– “It All Ends Here”
E ele consegue-o de novo. Com o último lançamento
de Ayreon em 2008 e com um novo projecto Guilt Machine com um disco em 2009, o
talentoso músico Holandês Arjen Anthony Lacassen, para 2010, decidiu finalizar
o hiato de 7 anos do seu projecto Star One e finalmente lançar um sucessor para
“Space Metal”. E surpreende-nos. De novo a mesma fórmula, Metal progressivo bem pesadinho e tão
agradável juntamente com umas belas influências de Space Rock. Mesmo com as
canções sendo um pouco mais directas sem darem tantas voltas como se usa e
abusa – de forma bem feita – na música progressiva, em relação a outros
trabalhos de Arjen e até mesmo ao anterior álbum de Star One, não deixa de
estar aqui uma obra-prima bastante complexa e bastante relacionada com o disco
anterior. Mantém a sua estrutura conceptual com inspiração vinda de ficção
científica e para este disco até preferiu uma abordagem ao estilo de filmes
pós-apocalípticos. Também de novo, para este trabalho, Arjen Lacassen quis
juntar ao seu soberbo trabalho instrumental – destaco os sintetizadores que
também têm mão de um músico ex-After Forever, Joost van der Broek – 4 fantásticas
vozes merecedoras do seu posto e cujo trabalho harmonioso faz invejar muitos
duetos, quanto mais quartetos. Nessas vozes trabalham Russell Allen – aqui “Sir
Russell Allen – cuja voz potente já conhecemos dos Symphony X e que dá um tom
forte e poderoso com uma pitadinha de Power Metal à mistura, Damian Wilson com
o seu registo limpo e que também já nos é familiar não só do disco anterior do
projecto mas também como integrante de outra banda-marco do Prog Metal, os
Threshold, Floor Jansen com a voz feminina ex-After Forever e actualmente nos
ReVamp que com o seu toque feminino dá um outro ar a todo o ambiente,
acrescenta-lhe uma sensação mais adocicada e funciona tão maravilhosamente bem
que o que concluímos é que isto não era a mesma coisa se a sua voz não
estivesse lá e finalmente para a parte mais brutal, na voz gutural, Dan Swano
que já tem um currículo extenso mas pode ser reconhecido principalmente pelo
seu trabalho nos Edge of Sanity. Amigos de Arjen e são essas 4 respeitáveis
vozes em conjunto com o trabalho instrumental de Arjen e alguns companheiros
seus dos Ayreon que constroem um álbum tão viciante e com uma qualidade
elevadíssima. Canções que, como já disse, vão mais directas ao assunto, aqui
facilmente se transformam em malhas puras, melodias que imploram para ser
repetidas pela sua persuasão ao nosso indefeso cérebro que é incapaz de as
remover da mente após ouvi-las. Pode-se dizer que seja mesmo daqueles discos no
qual não se encontra um único defeito, um único ponto negativo, um único segundo
aborrecido, qualquer coisa a mais, qualquer coisa a menos. Nada disso. E ainda
melhora, a cada vez que o ouvimos, depois de cultivarmos um certo vício no CD
após a primeira audição, eis que esse rebento cresce dentro de nós e é bem
possível que o queiramos ouvir mais e mais. Não há nenhuma faixa que considere
inferior a outra, nem acho que haja alguma que se destaque em relação a outras
com uma genialidade em tom geral – só em tom mais patético-humorístico é que
posso dizer que “Human See, Human Do” é capaz de curar impotência, mas não há
necessidade de mencionar tal. Com 2010 já passado – até 2011 já vai dando os
seus últimos passos – ouso apontar este “Victims of the Modern Age” como um dos
discos do ano – entre muitos outros – e com capacidade para entrar neste ano
com “fogo” suficiente para servir de bom exemplo. Soa simplesmente intemporal.
Avaliação: 9,3
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