Artista:
“Weird Al” Yankovic
Álbum:
Alpocalypse
Data de lançamento: 21 Junho 2011
Género: Comédia, Paródia, Pop Rock
Editora: Volcano Records
Lista de faixas:
1 –
“Perform This Way” (paródia de “Born This Way” de Lady Gaga)
2 – “CNR” (paródia de estilo de The White Stripes)
3
– “TMZ” (paródia de “You Belong with Me” de Taylor Swift)
4 – “Skipper Dan” (paródia de estilo de Weezer)
5
– “Polka Face”
6
– “Craigslist” (paródia de estilo de The Doors)
7
– “Party in the CIA” (paródia de “Party in the USA” de Miley Cyrus)
8 – “Ringtone” (paródia de estilo de Queen)
9
– “Another Tattoo” (paródia de “Nothin’ on You” de B.o.B. e Bruno Mars)
10
– “If That Isn’t Love” (paródia de estilo de Hanson)
11
– “Whatever You Like” (paródia de “Whatever You Like” de T.I.)
12
– “Stop Forwarding That Crap to Me” (paródia de estilo de Jim Steinman)
“Finalmente”, podiam muitos fãs de “Weird Al”
Yankovic dizer assim que um novo disco sai, um sucessor do aclamado “Straight
Outta Lynwood” de 2006. Já com um pequeno teaser de há 2 Verões atrás, o EP “Internet
Leaks” já nos apresentava algum material que confirmava a ideia de que Weird Al
ainda se encontra em forma para o que faz e ainda tem a sua mente e o seu
sentido de humor bastante apurados para nos puxar algumas risadas. A
acrescentar a essas canções – “Whatever You Like” de T.I. numa versão mais…
modesta, assim digamos; “Craigslist”, uma canção sobre o site de anúncios ao
estilo dos The Doors; “CNR” com as suas piadas sobre Charles Nelson Reilly bem
à maneira de uns “Chuck Norris Facts” ao som de música à la White Stripes; “Skipper
Dan”, que piscando o olho aos Weezer conta-nos a história de um promissor actor
com carreira falhada; Ou “Ringtone” que parodiando o estilo dos Queen fala-nos
de um indivíduo com um toque de telemóvel extremamente irritante. 5 canções que
o público já conhecia e que foram incluídas neste novo disco humoristicamente intitulado
“Alpocalypse” – porque as paranóias do povo em torno de Apocalipses e outras
parvoíces também merecem a sua paródia. A juntar a um punhado de canções já
aprovadas, juntam-se as paródias dos hits actuais, aquelas que nos fazem
esboçar um sorriso por reconhecermos a música e já estarmos tão fartos dela, mas
não dá para evitar consolo quando Weird Al retoca a música com letra
humorística, satirizando algum ponto na cultura popular ou no próprio artista
que interpreta a música original. “Born This Way” de Lady Gaga – a enormíssima
popularidade da Lady Gaga não podia passar sem ter pelo menos uma paródia do
Sr. Yankovic – e o seu satírico vídeo já é suficiente para nos conquistar, com
a sua letra a relatar de forma exagerada as extravagâncias da proclamada por
alguns como nova Rainha da Pop. Acrescentam-se outros hits como “You Belong
with Me” de Taylor Swift, em “TMZ” a falar dos absurdos dos paparazzi, “Party
in the USA” de Miley Cyrus com a sua bizarra história decorrida na CIA ou “Nothin’
on You” de B.o.B. com Bruno Mars – que era quase capaz de me pôr a arrancar as
orelhas a cada vez que voltava a dar na rádio ou na TV – retrata um indivíduo
viciado em tatuagens – e de repente a música na sua forma parodiada já é muito
bem-vinda ao meu ouvido. Só aqui já tínhamos material suficiente para darmos os
“polegares para cima” a Weird Al por mais uma vez nos fornecer divertimento e
tornar toleráveis alguns dos êxitos actuais que já fartavam ou já não se
gostavam inicialmente. Mas ainda existem as músicas originais – normalmente apenas
paródias de estilo de algum artista – que apesar de serem das mais
subvalorizadas do repertório do comediante, são muitas das vezes das que mais me
cativam em termos de letras. “If That Isn’t Love” foi uma das músicas que mais
me fez rir e por vezes quase cuspir o que bebia enquanto ouvia, com a sua letra
a retratar verdadeiros “actos amorosos” do sujeito, que envolve desde deixar-lhe
a água na banheira se ainda estiver quente após o banho para ela usar a seguir,
dizer-lhe quando está gorda porque os falsos amigos o negam, ou dizer alguma
palavra de encorajamento sempre que a vir a pegar em algum objecto pesado,
entre muitas outras coisas. E
como diz no refrão, “If that isn’t love/I don’t know what love is”. E
sem esquecer “Stop Forwarding That Crap to Me” que pode muito bem servir como hino
para todos nós que odiamos receber lixo e spam nas nossas caixas de correio
electrónico. E um dos pontos mais altos de sempre nos discos de Weird Al - as medleys. As suas famosas medleys de vários êxitos recentes transformados em música Polka trazem-nos sempre um sorriso pela sua abordagem diferente de canções que conhecemos bem - Enumero alguns exemplos presentes em "Polka Face", como "Poker Face" da Lady Gaga, "Womanizer" da Britney Spears, "Baby" do Justin Bieber, "So What" da Pink, "I Kissed a Girl" da Katy Perry, "Tik Tok" da Ke$ha, entre muitos outros. Entretenimento de uma ponta à outra, para quem apreciar uma
paródia mais “family-friendly” ou para quem já era apreciador de Weird Al
Yankovic anteriormente, muitas risadas se dão com este novo álbum, que promete
ser mais um marcante e inesquecível da sua carreira. Se não tem momentos que
nos agarram imediatamente e nos fazem rir descontroladamente como já aconteceu
anteriormente com êxitos como “Smells Like Nirvana”, “Like a Surgeon”, “Eat It”,
“Amish Paradise” “White & Nerdy”, entre muitos outros, já não importa
muito. “Weird Al” Yankovic ainda é o rei de qualquer tipo de música de
comédia/paródia.
Avaliação: 8,3
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